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Por que Francisco coloca uma coleira no Opus Dei. Artigo de Giambattista Sciré

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22 Agosto 2023

"O significado desse (enésimo) gesto revolucionário do Papa Bergoglio não é apenas o redimensionamento específico do papel carismático autorreferencial, dedicado ao clericalismo, da prelazia do Opus Dei, bem como a desvalorização do papel dos membros leigos dentro dele, que constituem, basicamente, a sua verdadeira força, mas se coloca numa ação mais geral de racionalização, regulamentação e democratização da vida das várias associações internacionais de fiéis."

A opinião é de Giambattista Sciré, historiador italiano e pesquisador de História Contemporânea, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 19-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

“Uma jovem numerária, nua na penumbra de seu quarto, fustiga-se repetidamente com violência e, ao mesmo tempo, um grupo de banqueiros em seus elegantes ternos risca de giz cinza se reúnem em torno de uma tumba, em uma cripta subterrânea, para firmar com a oração o seu pacto indissolúvel". Com essas palavras, que dão uma boa ideia da união perversa entre o fundamentalismo religioso e poder econômico-financeiro, iniciava um belo livro investigativo de alguns anos atrás sobre o Opus dei (F. Pinotti, Opus dei segreti, 2006).

Para além dos exageros misteriosos no estilo Código da Vinci de Dan Brown ou dos filmes de Ron Howard, é inegável que seu fundador Escrivá de Balaguer, que sempre fez da ideia de "santidade" por meio do empenho de trabalho e profissional, portanto, do papel religioso do dinheiro no sentido capitalista, o emblema de sua atividade, teceu sobretudo na Espanha dos anos 1940 e 1950 (seu poder na época franquista e com o Papa Pio XII o levou a nomear ministros, gerentes industriais e reitores de universidades), na América Latina nos anos 1960 e 1970, mas também na Itália, especialmente nos anos 1980 e 1990, durante o pontificado de João Paulo II (que até nomeou um de seus porta-vozes e vários bispos), uma densa rede de relações com setores e ambientes da Cúria Romana a favor da autonomia e independência da própria organização conservadora (muito próxima à direita reacionária na política e à direita do "partido integralista romano" na esfera religiosa).

O exato oposto dos ditames do Concílio Vaticano II – evento divisor de águas “progressista” na história da igreja – que sempre se direcionou para uma visão mais colegial e democrática da Igreja, de uma participação ativa dos leigos, do ecumenismo e da liberdade religiosa.

O Papa Francisco bem sabe que há poucos dias, em meados de agosto, na penumbra silenciosa do mormaço de verão – tanto que a notícia passou quase despercebida na grande mídia – decidiu, com uma carta apostólica oficial e em cumprimento à constituição Praedicate Evangelium, com ato que historicamente parece recordar o gesto do Papa Clemente XIV quando, no século XVIII, suprimiu a Companhia de Jesus, redimensionar fortemente a sua autonomia, assemelhando-a à das outras associações religiosas públicas de direito pontifício, e modificar algumas passagens do Código de Direito Canônico sobre as prelazias pessoais, que no presente caso se referem precisamente ao Opus dei, estabelecendo que seja posto sob a autoridade do Dicastério para o Clero, que seus estatutos sejam submetido à aprovação da Santa Sé, sancionando que seu mais alto prelado não possa mais ser um bispo da Santa Igreja Romana.

O significado desse (enésimo) gesto revolucionário do Papa Bergoglio não é apenas o redimensionamento específico do papel carismático autorreferencial, dedicado ao clericalismo, da prelazia do Opus Dei, bem como a desvalorização do papel dos membros leigos dentro dele, que constituem, basicamente, a sua verdadeira força, mas se coloca numa ação mais geral de racionalização, regulamentação e democratização da vida (também em sentido moral, levando em conta a forte repercussão midiática mundial devida aos muitos escândalos sexuais na Igreja) das várias associações internacionais de fiéis.

É evidente que se trata de mais um passo para a redefinição das complicadas relações entre clero e leigos dentro da Igreja, em continuidade com as intuições joaninas do Concílio de 1965 que, porém, mais tarde, com os sucessivos pontífices, foram reduzidas para não dizer, em parte, negadas.

Certamente não parece ser uma coincidência, de fato, que seja justamente um papa como Francisco que vem da ordem dos Jesuítas, aquela mesma ordem que enquanto o Opus Dei nos anos de expansão atuava em estreito contato com os poderosos e com as elites financeiras, na América Latina lutava, ao contrário, pela justiça social e pela Igreja dos pobres, a reduzir o seu papel e, talvez, a celebrar o seu funeral e dar-lhe uma sepultura.

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